Vilar Formoso é uma vila e freguesia portuguesa do município de Almeida, com 15,14 km² de área e 1791 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é 118,3 hab./km².

Vilar Formoso é o principal ponto de entrada por via terrestre em Portugal. Utilizam este ponto de passagem mais de cinco milhões de pessoas por ano, através da rodovia e da ferrovia. Através da fronteira de Vilar Formoso passam a maior parte das Importações/Exportações realizadas via terrestre, de e para o território português.

A Freguesia é um aglomerado populacional constituído por dois núcleos separados pela ribeira de Tourões. O núcleo situado mais a sul é o mais recente e desenvolveu-se a partir do século XIX com a construção em 1892 da Linha da Beira Alta que inicialmente ligava a fronteira à Figueira da Foz, mas que atualmente liga a fronteira à Pampilhosa.

A Freguesia é um aglomerado populacional constituído por dois núcleos separados pela ribeira de Tourões. O núcleo situado mais a sul é o mais recente e desenvolveu-se a partir do século XIX com a construção em 1892 da Linha da Beira Alta que inicialmente ligava a fronteira à Figueira da Foz, mas que atualmente liga a fronteira à Pampilhosa.

Possui inúmeros acessos rodoviários tais como: a A25 que liga Vilar Formoso–Guarda–Viseu–Aveiro; a N16 que serve de alternativa à auto-estrada A25; e a N332 que liga  Vila Nova de Foz Côa–Figueira de Castelo Rodrigo–Almeida–Vilar Formoso–Sabugal–Penamacor–Idanha-a-Nova. Todavia, através da geminada vila espanhola de Fuentes de Oñoro dispõe dos seguintes acessos rodoviários: a A62 que liga Fuentes de Oñoro-Ciudad Rodrigo-Salamanca-Valladolid-Palencia-Burgos; e da N620 que serve de alternativa à auto-estrada A62.

O entorno paisagístico de Vilar Formoso é marcado pela típica paisagem da Meseta Central é a unidade de relevo mais antiga da Península Ibérica e ocupa a maior parte da sua superfície. Esta é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro. A nível hidrográfico insere-se na bacia hidrográfica do Douro, cujo afluente mais próximo é o rio Côa, que dista apenas a 7 km. Pelo interior da vila passa a Ribeira de Tourões, que desagua no rio Águeda.

Contudo, é também uma zona que historicamente tem sido aproveitada para a mineração, testemunhada pela presença das designadas Minas de S. João, de onde se procedia à extração de volfrâmio e estanho, que foram intensamente exploradas durante a Segunda Guerra Mundial, para a extração e exportação do minério de volfrâmio para as potências beligerantes (Alemanha Nazi e Reino Unido). Atualmente encontram-se desativadas e votadas ao abandono, pelo que constituem um perigo ambiental, de saúde pública e de segurança pública.

Demografia A população registada nos censos foi:

População da freguesia de Vilar Formoso
Ano Pop. ±%
1864 450
1878 505 +12.2%
1890 712 +41.0%
1900 797 +11.9%
1911 921 +15.6%
1920 852 −7.5%
1930 878 +3.1%
1940 1 115 +27.0%
1950 1 308 +17.3%
1960 1 361 +4.1%
1970 1 427 +4.8%
1981 2 464 +72.7%
1991 2 833 +15.0%
2001 2 481 −12.4%
2011 2 219 −10.6%
2021 1 791 −19.3%
Distribuição da População por Grupos Etários
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 322 380 1369 410
2011 246 212 1205 556
2021 148 150 863 630

A evolução demográfica de Vilar Formoso, demonstra que a população residente tem vindo a decair, contrariando assim o que acontecia  no passado. O decréscimo prende-se sobretudo pela quebra registada na economia local desencadeada inicialmente pela a adesão de Portugal à época da CEE e ao Espaço Schengen, que implicou a abertura das fronteiras. Desencadeado assim o desmantelamento da grande rede de serviços de que dispunha Vilar Formoso, sobretudo ligado aos despachos aduaneiros de Importação/Exportação. A vasta rede de serviços aduaneiros de que Vilar Formoso dispunha era um óptimo incentivo para o incentivo à fixação de famílias e indivíduos na vila fronteiriça, mas também o eram outros serviços, como as operações de câmbio, quer legal ou ilegal, mas também ao comércio variado e restauração. O último abalo demográfico que a vila sofre deve-se à introdução da moeda única (euro), que implicou o desmantelamento da rede de serviços cambiais que subsistiam, o implicou o encerramento de algumas agências bancárias, que por sua vez conduziu ao êxodo de alguma população residente.